A vastidão do cosmos revela maravilhas inexploradas, e entre essas maravilhas está a Nebulosa do Golfinho, também conhecida como Sharpless 308, S 308 ou RCW 11. Esta bolha cósmica, com seus impressionantes 60 anos-luz de diâmetro, dança no coração da constelação de Canis Majoris, a uma distância notável de 5.200 anos-luz da Terra.
Origem Celestial:
A Nebulosa do Golfinho é o resultado do vento estelar emanado de uma estrela massiva, conhecida como EZ Canis Majoris ou HD 50896. Está gigante estelar ostenta uma massa impressionante de aproximadamente 23 vezes a do nosso Sol. Com uma temperatura superficial de 89.100 K, uma luminosidade 620.000 vezes maior que a do Sol e um raio 2.3 vezes superior ao Solar, EZ Canis Majoris é a força motriz por trás da criação dessa esfera cósmica.
No centro do espetáculo, encontramos EZ Canis Majoris, acompanhada por uma estrela companheira com uma massa 1.5 vezes a solar. Essa dupla estelar governa o destino da bolha cósmica que os envolve.
Características Notáveis:
A expansão veloz da bolha, a uma velocidade de cerca de 60 km/s, destaca-se, enquanto sua idade estimada gira em torno dos 70.000 anos. No entanto, o futuro dessa obra-prima cósmica não é eternamente brilhante. A estrela massiva de vida curta, EZ Canis Majoris, está destinada a explodir como uma supernova nos próximos milhões de anos, desencadeando um espetáculo celestial quando a bolha finalmente se desfizer.
Um Retrato Cósmico:
A beleza da Nebulosa do Golfinho é capturada em uma imagem composta, amalgamando dados de amplos filtros (RGB) e filtros de banda estreita, concentrados nas emissões de oxigênio ionizado ([O III]) e hidrogênio ionizado (Hα). Esta obra-prima visual, capturada pelo Chilescope 2, Pleaides Astrophotography Team da Universidade de Pequim, nos proporciona uma visão hipnotizante desta bolha estelar.
A Nebulosa do Golfinho, com sua história cósmica e futuro efêmero, continua a inspirar a curiosidade dos observadores estelares e a despertar uma compreensão mais profunda da vastidão celestial. Uma verdadeira joia no firmamento, que nos lembra da efemeridade e esplendor intrínsecos à vida estelar.
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